segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Astronauta: Magnetar


Bem, acabo de ler Astronauta: Magnetar, a primeira publicação do novo selo Graphic MSP, da Editora Mauricio de Sousa. Antes de entrar nos detalhes da história, quero falar um pouco sobre o selo e tudo mais... Quem gosta de quadrinhos aqui no Brasil, mesmo os mais aficionados pelos grandes selos lá de fora, como Marvel Comics e DC, um dia em sua infância leram pelo menos alguns gibis da Turma da Mônica, eu sou um deles. 

São quadrinhos que não tem idade. Hoje eu ainda paro pra ler uma revistinha do Cebolinha (o meu predileto). Mas há algum tempo atrás o pai da baixinha, gorducha e dentuça Mônica resolveu buscar um público menos infantil e criou a Turma da Monica Jovem, desenhado em estilo mangá para buscar atrair o público adolescente, acredito ter dado certo, pois vejo até hoje nas bancas (inclusive a Mônica e o Cebolinha se casaram o que eu acho muito estranho).


A criação do selo Graphic MSP busca outro público, na minha visão, o público que não lê a Turma da Mônica Jovem, mas ainda acha bacana as tirinhas clássicas da Turma da Mônica, o público adulto.

Astronauta: Magnetar conta a aventura de um personagem conhecido por quem lia os antigos quadrinhos, o próprio Astronauta (aquele com o traje espacial redondo). Sozinho no espaço, com saudades de casa, do sítio do avô e da namorada Ritinha.

Em Magnetar, o Astronauta pousa em um cinturão de asteróides para observar e recolher informações sobre um fenômeno cósmico conhecido como Magnetar, mas um acidente causa uma avaria em sua nave, fazendo com que o Astronauta fique preso. Se vendo em uma situação delicada ele tenta buscar uma solução, mas a solidão no espaço o leva a alucinações, que atrapalham seus planos de tentar sair vivo daquele asteróide.

É uma excelente história! Com roteiro e arte de Danilo Beyruth e posfácio escrito por ninguém menos que o navegador Amyr Klink.

Os próximos lançamentos da Graphic MSP serão Chico Bento, Turma da Mônica e Piteco, esse eu espero ansioso!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Outros tempos...


Acordei cedo hoje, o tempo nublado, um pouco frio, Jeans e All-Star como sempre, resolvi usar aquela camisa xadrez de flanela, vermelho e branco. Era assim há 15 anos, em 1997.

Fui trabalhar ouvindo Nirvana e Pearl Jam e a nostalgia bateu. Fiquei pensando, naquela época eu tinha a preocupação da pilha do walkman durar o dia inteiro e voltava a fita com a caneta pra economizar. Gravava as musicas em uma fita de caixa transparente e usava canetinha pra marcar mais ou menos onde cada música começava, escolhia de três a cinco fitas pro dia inteiro, pois não cabiam todas na mochila. Era uma época boa, shows internacionais custavam “caríssimos” R$50,00 e não tinha meia-entrada...

Eu tinha certa “marra” de rebelde, mas não era, fazia piada com tudo (isso não mudou até hoje) e não era muito chegado em estudar. Chegava cedo ao colégio por conta do horário do ônibus, ele passava em dois horários, então ou chegava muito cedo ou chegava atrasado, quando queria matar aula eu pegava o outro pra poder ser barrado... Fazer o que se eu perdi o ônibus?

Era uma época boa, não me arrependo de nada, bem, quase nada... Tinham algumas meninas que eram esquisitinhas e que hoje estão lindas.

Nós conhecíamos de verdade as pessoas, não existiam redes sociais.

As coisas eram bem mais baratas, com R$10,00 íamos ao Mcdonalds e ainda sobrava dinheiro pro cinema.

Compare com hoje.

terça-feira, 22 de maio de 2012

O Medievalismo Corporativo


Segundo a nossa historiografia não há um marco que dita o fim da idade medieval, ela certamente teve um fim? Digo que sim, e não. Tenho observado traços de medievalismo em alguns lugares, como no mundo coorporativo por exemplo.

Religião, suserania e vassalagem
Nosso cotidiano é marcado pela correria, urgência, prazos, metas, etc e tudo isso gira em torno do mundo das grandes empresas. Há muito trabalho a ser feito e o contingente da corporação parece não ser o suficiente, ou melhor, os nobres que vivem no grande feudo empresarial não podem por a mão na massa.
Com isso, esses nobres oferecem ferramentas e condições de trabalho para (em grande maioria) jovens recém formados, que em troca produzem e geram dinheiro para a empresa.
Essa troca de interesses surge através de grandes contratos de suserania e vassalagem, onde os jovens vassalos juram por fidelidade seguir as normas da empresa, vestir a camisa da corporação e prestar todo e qualquer serviço coberto pelo contrato.
Em teoria há uma diferença entre essa relação moderna e a relação suserano/vassalo da idade média, todos somos iguais aqui dentro", mas não é bem assim.
Trabalho em um grande feudo produtor de "bioenergia", grandes "protetores do meio-ambiente", que ostentam a cor verde em sua bandeira. Seus nobres carregam no peito um crachá da cor verde, a cor da esperança e da natureza pura, enquanto nós, vassalos, carregamos o crachá da cor marrom, cor da terra, dos campos de trabalho. O crachá que deveria nos identificar apenas pelo nome, também é uma identificação da classe social dentro do grande feudo. Determinando quem pode ou não gozar dos benefícios da nobreza.
Mas o ponto de maior importância, o direito de todo suserano e o dever de todo vassalo, é seguir religiosamente os preceitos ditados pelo grande feudo coorporativo, as regras devem ser seguidas a risca, você deve amar o que faz e essa é a única e absoluta verdade para sua vida. Todo vassalo deve trabalhar no que lhe foi atribuído e no que mais o suserano desejar, pois essa é a vontade do Senhor contrato de prestação de serviços.

Heresia e o conhecimento proibido.
A vida do vassalo não é tão árdua, após um dia de trabalho ele vai para sua casa, onde deve estar de prontidão para servir ao seu suserano caso seja necessário, deve pensar em como resolver o problema desse dia, no dia seguinte. Para alguns é concedido o direito de frequentar as grandes universidades, mas apenas para o estudo dos saberes inerentes à sua função no feudo.
Contudo, existem aqueles que buscam o conhecimento proibido. Como por exemplo, os vassalos que prestam serviços ligados a tecnologia são visto como hereges ao serem pegos absorvendo o conhecimento das ciências humanas. E qualquer tipo de conhecimento artístico é visto como uma excentricidade desnecessária em praticamente todos os meios.
Esse tipo de conhecimento desvirtua o homem de seu trabalho, o faz pensar e desejar além. São hereges que serão condenados após o período da colheita de avaliações de desempenho. E a punição pode ser severa.

Sumiu...

Bem, retornei ao blog depois de alguns anos, anos mesmo, e descobri que as antigas postagem e o próprio blog, inclusive, tinham desaparecido.
Como a minha memória é um pouco seletiva e reltivamente falha para algumas coisas, creio que o desaparecimento do blog possa ser minha culpa, talvez eu o tenha deletado há alguns anos e não lembre disso. Não sei...